Você é a média das pessoas com quem convive.
Esta é uma frase conceitual que reflete a essência do homem
como ser social , que evoluiu para viver em grupo , cercado pelos amigos ,
família etc . Os relacionamentos influenciam direta ou indiretamente os nossos
hábitos , pensamentos , até o próprio jeito de falar.Porém a visão sobre o
mundo , influenciada substancialmente por todos que pertencem ao nosso grupo,nem
sempre é positiva.
A ciência nos ensina sobre o efeito Bandwagon e seu famoso
viés de adesão.Esse conceito teve origem em 1848,durante as campanhas políticas
americanas. Tratava-se de um vagão com uma banda tocando em cima que atraía as
pessoas para que acompanhassem a passeata.Muito semelhante ao que os trios
elétricos hoje em dia, aqui no Brasil, fazem. O chamado efeito “Maria vai com
as outras “.
Na medicina nos
deparamos frequentemente com o efeito Bandwagon. A medicina é uma ciência
social e portanto bastante sujeita ao viés de adesão.Temos vários exemplos de
atitudes impensadas , condutas sem comprovação científica que foram
simplesmente aceitas porque uma maioria assim o fazia.
Um dos exemplos foi a retirada das amigdalas (amigdalectomia)
realizada com muita frequêcia no passado de modo indiscriminado sem ter sido
submetida a um estudo rigoroso que mostrasse seu real benefício.Muitos médicos
foram atraídos pelo Bandwagon sem exercerem o espirito crítico da indicação cirúrgica.Hoje
esta pratica está limitada a algumas indicações pontuais.
Pensar no efeito bandwagon é pensar na necessidade da
interpretação das evidências.Estimular o pensamento crítico.Deixar de lado a
placidez de aceitar condutas “da moda”.Valorizar a autonomia sólida da tomada
de decisão fundamentada nos princípios das evidências e da ética.
Pensar no efeito bandwagon também pode fazer com que passemos
a valorizar melhor o meio em que vivemos.Entender que como uma média de quem
convivemos , devemos valorar pessoas que realmente valham a pena.
E mais...
Você se limita em prol do que te cerca ¿
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