Acaba de ser publicado na revista Science um artigo sobre a
variante B . 1.1.7 que se espalha por toda a Eurpoa.
O artigo conclui que a variante conseguiu se sobrepor às
outras variantes, respondendo, em 15 de fevereiro, por NOVENTA E CINCO porcento
das novas infecções. Essa variante já está presente em 82 países (inclusive
aqui)
A variante, competindo com as demais, conseguiu tomar a
dianteira no número de infecções.
Os pesquisadores estimam que essa variante é de 43 a 90%
mais transmissível do que a original. Isso implica em maior necessidade de
redução de contato para controlá-la.
Os pesquisadores apontam 5 hipóteses para explicar esse
crescimento tão rápido :
1. Maior concentração viral em infectados, o que tornaria
mais fácil contaminar alguém susceptível
Esse achado foi também encontrado, com concentrações 10
vezes superiores na variante P1.
2 - Período maior de transmissão viral, o que
pode fazer com que a pessoa, em contato com mais pessoas em um período mais
longo infecte mais
3 - Potencial escape imune. Quem já foi
infectado por outra variante e desenvolveu anticorpos, pode ter um risco maior
de se infectar com essa variante
Ainda assim é importante notar que as vacinas disponíveis
oferecem proteção contra essa variante.
4 - a variante se
espalhou em novembro, quando escolas estavam abertas. Isso pode apontar para
uma possível maior infecção de crianças, que não pareciam ser tão suscetíveis à
versão original.
5 - um tempo de geração mais curto (entenda-se
: o vírus produz cópias viáveis de si mesmo mais rápido) o que permitiria um
aumento mais rápido de carga viral.
Feitas as hipóteses, quais as implicações? Por que
deveríamos nos importar?
Sem vacinação, apenas um controle restritivo de mobilidade
conseguiria manter os números baixos, com risco de ressurgência da pandemia no
segundo semestre.
Com vacinação lenta, as coisas melhoram, mas ainda há risco
de colapso do sistema de saúde e de número elevado de mortes.
Com vacinação rápida, e medidas restritivas, o Reino Unido
pode ser capaz de combater de forma eficaz essa nova variante.
Ou seja: a saída é distanciamento social e vacinas. A mesma
fórmula vale para cá e para a variante P1.
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