Bertrand Russel , um dos grandes filósofos , certa vez respondeu a uma pergunta : " se fosse possível escolher entre saber mais e ser feliz , o que preferiria ? ".Ele disse : " é estranho...mas preferiria continuar aprendendo "
Nós relacionamos a felicidade com o transcurso ou resultado de alguma atividade nossa.Porém não podemos ser completamente felizes pois todas as coisas que experimentamos passam,incluindo aí nossa própria vida.O que seria mais lógico é conservar a alegria e não procurar a plena felicidade.
Grande parte da literatura científica atual postula que a
felicidade e o bem-estar estão associados com uma menor mortalidade, sobretudo por doenças cardiovasculares. Os mecanismos postulados para esta associação são
que a felicidade poderia causar mudanças biológicas que repercutem na
concentração de cortisol ou na função imune e, portanto, em um menor risco de
falecimento. Entretanto, de acordo com um estudo prospectivo realizado com mais
de 700.000 mulheres britânicas e difundido pela The Lancet (importante revista médica britânica)a felicidade e a
infelicidade não teriam um efeito direto sobre a mortalidade.
Este estudo
"Does happiness itself directly affect mortality? The prospective
UK Million Women Study", que foi conduzido pelo Dr. Bette Liu e investigadores da Universidade de Oxford,
foi realizado para o programa "Million Women Study" do Reino Unido.
Este projeto envolve mais de 1 milhão de mulheres de 50 anos ou mais
(recrutadas entre 1996 e 2001), com o objetivo de investigar como diversos
fatores reprodutivos e de estilo de vida afetam a saúde das mulheres. O
presente estudo, que examina mais de 700.000 mulheres de uma idade média de 59
anos durante um período de 10 anos foi feito através de um questionário perguntando: seu
estado de saúde, felicidade, estresse, sentimentos de controle e de
relaxamento. Para chegar a um resultado, seus autores utilizaram a auto
avaliação da saúde e a comparação com a mortalidade nas mulheres que reportaram
ser infelizes (isto é, felizes as vezes, raramente ou nunca) com as que
reportaram serem felizes a maior parte do tempo.
O resultado apontou para : 39% reportaram sentir-se felizes a maior parte do tempo, 44% disseram em geral estar feliz e 17 % infeliz.
Durante 10 anos de seguimento, 4% das participantes
faleceram. Encontrou-se que a autopercepção da má saúde no início do estudo se
associava fortemente com a infelicidade. Porém depois do ajuste de
autopercepção com tratamentos para a hipertensão, diabetes, asma, artrite,
depressão, ansiedade, e vários fatores sócio-demograficos e de estilo de vida
(incluindo o tabagismo, a privação e o índice de massa corporal), a
infelicidade não se viu associada com a mortalidade por todas as causas.
Segundo o Dr. Bette Liu: "a doença te faz infeliz, porém a
infelicidade por si só não causa mal. Não descobrimos nenhum efeito direto da
infelicidade ou estresse sobre a mortalidade neste estudo com um milhão de
mulheres em um seguimento de dez anos".
Em minha opinião a felicidade é um estado por demais ambicioso.Uma real felicidade exigiria ser invulnerável,exigiria que o futuro não a afetasse.
Para nós, mortais, a felicidade nos é demais
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