A medicina é uma ciência.Mas não uma ciência exata.A despeito de sua inexatidão seu progresso é fascinante.
Um dos maiores avanços na história médica foi a descoberta de que os doutores não tinham justificativas científicas para a maioria de seus procedimentos.Eles trabalhavam com hipóteses e relatos de experiências.Hoje , nossa prática é supostamente focada na medicina baseada em evidência.
Mas analisando-se calmamente os trabalhos científicos que comparam novos tratamentos com antigos , nos deparamos com dados estatisticos que apenas profissionais formados e experientes nessa área são capazes de entender.Em outras palavras , apenas uma minoria de médicos está qualificada para compreender as evidências que surgem como conclusões.O resto acaba por tomar os resultados como verdades absolutas.Muitas pesquisas na literatura médica têm apontado para estudos com falhas estatisticas.Trabalhos comparando drogas novas versus antigas podem então ser falhos ou mesmo brilhantes.Mas não podemos deixar de pensar que de qualquer forma as recomendações afetarão milhões de pessoas.
Existem muitas armadilhas no caminho da significância estatística.Diferenças nos resultados surgem quando , por exemplo , estes não são gerados aleatóriamente.
O chamado viés de publicação é outro problema.Muitos estudos são financiados pela indústria farmacêutica que irá publicar apenas os resultados que lhes são favoráveis.Os médico serão iludidos e correm o risco de superestimar o valor terapêutico desses produtos (10% da população ocidental está em uso de antidepressivos que foram introduzidos forçosamente no mercado e prescritos por médicos " ingênuos|" )
Outra situação a ser considerada é o tamanho do estudo ( ou seja , o numero de pacientes envolvidos).Num primeiro momento uma ampla população é sempre impressionante.Mas o que realmente importa é a robustez dos achados.A penicilina precisou de poucos pacientes estudados para mostras sua importância.
Muita coisa pode escapar ao médico extremamente ocupado ou despreparado
O diabo está nos detalhes onde poucos doutores tem tempo e habilidade para examinar
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