domingo, 12 de abril de 2020

O incerto




A ciência é cheia de incerteza epistêmica (quando desconhecemos fatos do passado e do presente). 

Explorando o desconhecido , enveredando pela verdade e pelos fortes argumentos e experimentos, o progresso se torna possível.
A ciência é cobrada frequentemente por respostas corretas. Como resultado – políticos , jornalistas etc – que dependem delas , são relutantes no reconhecimento das duvidas e se preocupam com a credibilidade.

O risco é um tipo de incerteza, geralmente associado ao futuro e refletindo algo ruim. O risco aborda o conhecimento “desconhecido” e pode ser calculado com possibilidades.
Nós enfrentamos um risco diário : iremos morrer em algum momento e isto aumenta a cada dia  , com o envelhecimento.
A incerteza sobre a real mortalidade do Covid-19 poderia ser comparada a um ano de risco de morrer comprimida em algumas semanas. O risco de um homem de 66 anos morrer dentro de um ano é de cerca de 1,5%. Estar doente pelo coronavírus é se aproximar deste risco durante o período da infecção.

A ciência estatística é uma máquina para avaliar a variabilidade que vemos no mundo — o imprevisível , a enorme quantia de possibilidades ao nosso redor —e torna-la numa ferramenta que possa quantificar a incerteza sobre fatos , números e ciência

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