COVID : uma trajetória inicial de erros
A pandemia do Covid-19
é uma interessante miscelânea de interfaces entre o contágio , a informação , a
desinformação e o comportamento.
Hoje , olhando retrospectivamente , os relatos precoces da
epidemia foram censurados como “rumores” pelas autoridades chinesas.Alguns
médicos , alarmados pelo que presenciavam , caso do dr. Li Wenliang,tiveram
suas vozes caladas.Anúncios oficiais das autoridades em saúde chinesa subestimaram a gravidade do problema.
A OMS (organização mundial de saúde) publicou
em Janeiro que “ não há clara evidência de contágio inter humano”.
Como nada justificava um perigo iminente , férias , festas e
celebrações aconteciam uma semana antes do Ano Novo Chinês.Em Wuhan ,a chamada
comunidade Baibuting realizou em 18 de Janeiro um jantar para 40 mil familias.Apenas
dois dias após, a importância do que estava acontecendo foi finalmente
anunciada em um programa de Tv pelo cientista Zhong Nanshan, que já havia
vivido a epidemia de SARS em 2003.
Esta informação se tornou “viral” na mesma noite.
Imediatamente os chineses e os governos locais iniciaram as precauções ,
iniciando uma corrida contra o tempo.Três dias depois Wuhan iniciou a sua
quarentena.
A China moldou o perfil do COVD através das suas
intervenções , mobilizações , mega empreendimentos etc
Não se sabe o número de pessoas que poderiam ter sido
poupadas ou como teria sido a disseminação se as evidências iniciais tivessem
sido valorizadas imediatamente.
Apenas os detalhes de análise de regressão estatística futuro
mostrarão o tamanho do erro
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