sexta-feira, 10 de abril de 2020

A resposta para o fim da Pandemia




As medidas restritivas de quarentena , distanciamento social , escolas fechadas etc para reduzirem a velocidade de transmissão do Covid-19 estão comprovadamente funcionando ao ponto de estudos de projeção de mortalidade nos USA alterarem a previsão de 100 mil óbitos (até Agosto 2020) para 60 mil com adoção das mesmas.

Mas nos posicionamos num novo dilema : qual (ou quais) , especificamente , das medidas tem reduzido de fato a transmissão?

Isso é de vital importância pois implica na forma como devemos agir para flexibilizar o isolamento e possibilitar um retorno garantido às nossas atividades normais reoxigenando a economia.

A epidemiologia ensina que o numero de casos causados por cada pessoa infectada (chamado de quoeficiente de transmissibilidade ou Re ) cai substancialmente quando se adotam as medidas de contenção.Um exemplo claro foi observado recentemente na cidade de Seattle. Pesquisadores do Institute for Disease Modeling calcularam que em Fevereiro o Re poderia estar entre 2.7 a 3.5 com casos de transmissão bastante acelerada. Após a adoção da quarentena o índice caiu para 1.4 em menos de um mês de implantação. Isso significa que hoje o número de casos poderia estar 3 vezes maior.

11 países europeus foram estudados pelo Imperial College London antes e depois da instalação das medidas de contenção.O Re caiu de 3.87 para 1.43.Isso pode ter evitado até cerca de 120 mil  mortes.

A proposta final é chegar ao Re de 1 (ou menos) onde a pandemia terminaria.

Recentemente,projeções feitas na Columbia University , avaliaram a sobrecarga e saturação dos serviços de saúde analisando-se diversos cenários de queda na transmissibilidade do COVID. Modelos de redução de 20%, 30%, ou 40% nos índices de infectividade apontaram que  a maior redução ( 40%) poderia evitar até 185 mil mortes nos USA.

Alguns estudos vêm se propondo a avaliar o impacto de cada medida. O site medRxiv publicou um trabalho onde os autores concluem que a “pandemia pode rapidamente ser controlada com uma combinação de testes, tratamentos(se disponíveis) e isolamento de pacientes positivos além de proteção social com higiene das mãos e máscaras.

Quando o número de Re é alto (ex : em Seattle), 65%  de distanciamento social efetivo leva o quoeficiente para menos de 1. Mas se o distanciamento for somente 20% efetivo também é possível chegar a menos de 1 se 75% das pessoas infectadas forem identificadas e isoladas dentro das primeiras 12 horas de sintomas.

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