Nós médicos somos bons em raciocínio diagnóstico?
É uma grande ( e fundamental) parte de nosso trabalho, então
é de se esperar que sim. Uma pesquisa publicada na revista JAMA com médicos
norte-americanos avaliou as respostas sobre cenários diferentes relacionados a condições
comuns, como pneumonia e câncer de mama.. A conclusão foi que os participantes superestimaram a probabilidade da
doença antes e depois do teste. Respostas “corretas” aos cenários foram
baseadas na revisão de evidências científicas de especialistas.
Uma possibilidade seria inferir que essa superestimação
decorre de um desejo sincero de oferecer respostas e soluções aos pacientes, e
não de um déficit educacional. Os profissionais estão cientes da probabilidade
do pré-teste e de como interpretar os resultados positivos e negativos, mas
eles simplesmente não parecem usar esse conhecimento na prática diária. Isso
quase certamente leva a um sobrediagnóstico.
Tudo isso remete a uma cultura de excesso de testes e
excesso de confiança nos resultados dos mesmos, criando um ambiente conduzido
por pacientes e médicos em um ciclo vicioso.
A conclusão dos autores : “As decisões médicas, como outras
decisões humanas, podem não ser racionais e estão sujeitas a erros associados
ao conhecimento insuficiente da taxa básica de doença ou outros erros
associados à probabilidade.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário