sexta-feira, 16 de abril de 2021

diagnóstico não racional

 

Nós médicos somos bons em raciocínio diagnóstico?

É uma grande ( e fundamental) parte de nosso trabalho, então é de se esperar que sim. Uma pesquisa publicada na revista JAMA com médicos norte-americanos avaliou as respostas sobre cenários diferentes relacionados a condições comuns, como pneumonia e câncer de mama.. A conclusão foi que os participantes superestimaram a probabilidade da doença antes e depois do teste. Respostas “corretas” aos cenários foram baseadas na revisão de evidências científicas de especialistas.

Uma possibilidade seria inferir que essa superestimação decorre de um desejo sincero de oferecer respostas e soluções aos pacientes, e não de um déficit educacional. Os profissionais estão cientes da probabilidade do pré-teste e de como interpretar os resultados positivos e negativos, mas eles simplesmente não parecem usar esse conhecimento na prática diária. Isso quase certamente leva a um sobrediagnóstico.

Tudo isso remete a uma cultura de excesso de testes e excesso de confiança nos resultados dos mesmos, criando um ambiente conduzido por pacientes e médicos em um ciclo vicioso.

A conclusão dos autores : “As decisões médicas, como outras decisões humanas, podem não ser racionais e estão sujeitas a erros associados ao conhecimento insuficiente da taxa básica de doença ou outros erros associados à probabilidade.”

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