Um das questões pendentes sobre a evolução da pandemia é o quanto e por quanto tempo a resposta imune protege o paciente de uma nova infecção.
Para alguns vírus , a primeira exposição promove imunidade permanente; para os coronavirus, a imunidade tem vida curta
O que a reinfecção significa para a saúde pública e para a vacinação? Reinfecções ocorrem por causa de uma frágil produção de anticorpos? Indivíduos com alguma imunodeficiência seriam mais susceptíveis ?
Existe hoje um grande número de testes sorológicos e se torna muito dificil comparar resultados de técnicas diferentes. Por exemplo , reatividade de anticorpos contra a proteína do nucleocapsideo indica exposição prévia ao SARS-CoV-2 mas não se os anticorpos podem bloquear a infecção ( o certo seriam anticorpos anti-spike) . Outro fato : os níveis de anticorpos são altamente dependentes do tempo após exposição.
O procedimento adequado para se avaliar é mensurar o nível e especificidade do anticorpo contra a proteína spike no momento da provável reinfecção para se determinar o grau de imunidade.
Outra questão : a imunidade protege uma pessoa de ter doença quando ocorre a reinfecção? A resposta é não necessariamente. Pacientes com reinfecção confirmada tiveram quadro clínico pior do que o processo inicial. Diante de uma escassez de dados sorológicos confiáveis não temos a medida exata de quanto é frequente a reinfecção. Infecções assintomáticas podem estar gerando reinfecções sem que tenhamos a minima chance de determinar com precisão.
Uma nova infecção pode significar que tenhamos necessidade de um tipo diferente de vacina ? A resposta é provavelmente , não
E a imunidade de rebanho , pode a possibilidade de reinfecção inferir com a sua proteção ? Se os indices de reinfecção forem altos a resposta é sim. Apenas um robusto plano de imunização irá atingir uma proteção suficiente
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