sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

quando vamos observar os efeitos das vacinas ?

 

No momento,por todo o mundo,os hospitais vivem um pesadelo com o numero de pacientes com covid-19 aumentando e , em alguns pontos,já saturando a capacidade de atendimento..As vacinas são a única opção de saírmos dessa situação. A questão é : em quanto tempo observaremos uma virada do jogo,uma queda substancial e sustentada no número de casos ?

As vacinas reduzem óbitos e admissões hospitalares de duas formas: a proteção direta que elas promovem; e a proteção indireta ao não vacinado pela diminuição da transmissibilidade em uma comunidade. Se fosse possível medir estes efeitos combinados—e quão rápido eles ocorrem – isso só seria mensurável por uma vacinação em massa. Hoje,os resultados nos são mostrados de forma muito lenta diante da escassez dos insumos e das diferentes estratégias empregadas pelo mundo.

A maioria dos países estão vacinando seus idosos prioritariamente,junto com profissionais de saúde envolvidos no atendimento de casos específicos da doença. A predominância de óbitos pela covid-19—cerca de 85% na Inglaterra—são de pessoas com mais de 70 anos.

Nas enfermarias também observamos esta faixa etária embora se admitam muitas pessoas  ao redor dos 50 anos.Os hospitais ainda demorarão muito tempo para observarem queda no numero de internações diante desse fato pois este grupo etário será vacinado mais tarde

Este padrão pode implicar numa percepção de lento progresso dos efeitos da vacinação e o numero de mortes em pessoas de meia idade podem permanecer ou até aumentar nos próximos meses(proporcionalmente).

No momento,Israel é um lugar para se avaliar as primeiras evidências de como e quando a vacinação implicará numa mudança de rumo.Eles estão vacinando sua população de modo mais rápido do que os outros países.No dia 19 de Janeiro , um mês após o inicio da campanha,Israel tinha vacinado 26% dos seus 9 m ilhões de habitantes com no mínimo uma dose da vacina.E agora os resultados já começam a aparecer.

Num recente estudo, Ran Balicer do Clalit Research Institute de Tel Aviv,comparou um grupo de 200 mil pessoas acima dos 60 anos que havia sido vacinado e outro grupo similar sem vacinação.Ele avaliou diferenças nos índices de infecção em pessoas que tinham entrado em contato  com pacientes sintomáticos ou que tinham testado + para covid 19

Nos primeiros 12 dias de exposição,os testes  positivos permaneceram igual entre os dois grupos. No dia 13, no grupo vacinado os índices de contágio caíram levemente. No dia 14 , caíram em 1/3.Houve um certo desapontamento que esta queda não tenha sido maior,mas a vacina em uso : Pfizer-BioNTech , utiliza duas doses,então o efeito só seria medido após a segunda dose.

Os efeitos precoces da admissão hospitalar em Israel podem ser difíceis de serem mensurados por causa de outros fatores determinantes: o lockdown e a disseminação da cepa b.1.1.7,considerada bem mais contagiosa. Esta combinação de fatores também pode ser extensiva a outros países na Europa.

Um sinal dos efeitos da vacina em Israel começou a ser notado em 2 de Janeiro, o dia quando a proporção dos pacientes com mais de 60 anos que tinham sido vacinados atingiu 40%. O numero de pacientes com doença grave nesses pacientes havia crescido em 30% uma semana antes mas só 7% na semana seguinte. Importante :em pacientes com idade de 40 a  55 anos o numero de doentes graves permaneceu o mesmo.

Mesmo em uma campanha eficiente muitos ficarão sem cobertura vacinal.As vacinas não estão aprovadas para gestantes e pessoas menores do que 16 anos. As crianças raramente sofrem com a doença mas podem transmitir o vírus o que pode inferiri em problemas com a volta às aulas.Estudos em crianças maiores já estão sendo realizados.Nas mais jovens ainda vão demorar....

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