No momento,por todo o mundo,os hospitais vivem um pesadelo
com o numero de pacientes com covid-19 aumentando e , em alguns pontos,já
saturando a capacidade de atendimento..As vacinas são a única opção de saírmos
dessa situação. A questão é : em quanto tempo observaremos uma virada do
jogo,uma queda substancial e sustentada no número de casos ?
As vacinas reduzem óbitos e admissões hospitalares de duas
formas: a proteção direta que elas promovem; e a proteção indireta ao não
vacinado pela diminuição da transmissibilidade em uma comunidade. Se fosse
possível medir estes efeitos combinados—e quão rápido eles ocorrem – isso só
seria mensurável por uma vacinação em massa. Hoje,os resultados nos são
mostrados de forma muito lenta diante da escassez dos insumos e das diferentes
estratégias empregadas pelo mundo.
A maioria dos países estão vacinando seus idosos
prioritariamente,junto com profissionais de saúde envolvidos no atendimento de
casos específicos da doença. A predominância de óbitos pela covid-19—cerca de
85% na Inglaterra—são de pessoas com mais de 70 anos.
Nas enfermarias também observamos esta faixa etária embora
se admitam muitas pessoas ao redor dos
50 anos.Os hospitais ainda demorarão muito tempo para observarem queda no
numero de internações diante desse fato pois este grupo etário será vacinado
mais tarde
Este padrão pode implicar numa percepção de lento progresso
dos efeitos da vacinação e o numero de mortes em pessoas de meia idade podem
permanecer ou até aumentar nos próximos meses(proporcionalmente).
No momento,Israel é um lugar para se avaliar as primeiras
evidências de como e quando a vacinação implicará numa mudança de rumo.Eles
estão vacinando sua população de modo mais rápido do que os outros países.No
dia 19 de Janeiro , um mês após o inicio da campanha,Israel tinha vacinado 26% dos
seus 9 m ilhões de habitantes com no mínimo uma dose da vacina.E agora os resultados
já começam a aparecer.
Num recente estudo, Ran Balicer do Clalit Research Institute
de Tel Aviv,comparou um grupo de 200 mil pessoas acima dos 60 anos que havia
sido vacinado e outro grupo similar sem vacinação.Ele avaliou diferenças nos
índices de infecção em pessoas que tinham entrado em contato com pacientes sintomáticos ou que tinham
testado + para covid 19
Nos primeiros 12 dias de exposição,os testes positivos permaneceram igual entre os dois
grupos. No dia 13, no grupo vacinado os índices de contágio caíram levemente.
No dia 14 , caíram em 1/3.Houve um certo desapontamento que esta queda não tenha
sido maior,mas a vacina em uso : Pfizer-BioNTech , utiliza duas doses,então o
efeito só seria medido após a segunda dose.
Os efeitos precoces da admissão hospitalar em Israel podem
ser difíceis de serem mensurados por causa de outros fatores determinantes: o
lockdown e a disseminação da cepa b.1.1.7,considerada bem mais contagiosa. Esta
combinação de fatores também pode ser extensiva a outros países na Europa.
Um sinal dos efeitos da vacina em Israel começou a ser
notado em 2 de Janeiro, o dia quando a proporção dos pacientes com mais de 60
anos que tinham sido vacinados atingiu 40%. O numero de pacientes com doença
grave nesses pacientes havia crescido em 30% uma semana antes mas só 7% na
semana seguinte. Importante :em pacientes com idade de 40 a 55 anos o numero de doentes graves permaneceu
o mesmo.
Mesmo em uma campanha eficiente muitos ficarão sem cobertura
vacinal.As vacinas não estão aprovadas para gestantes e pessoas menores do que
16 anos. As crianças raramente sofrem com a doença mas podem transmitir o vírus
o que pode inferiri em problemas com a volta às aulas.Estudos em crianças
maiores já estão sendo realizados.Nas mais jovens ainda vão demorar....
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