terça-feira, 8 de setembro de 2020

Islândia : anticorpos e mortalidade



A discussão permanece sobre o tempo de permanência de anticorpos após a infecção pelo SARS Cov2. Alguns dados atestam a relação inversa entre a persistência da defesa e a severidade da doença ( mais grave - mais duradoura a resposta) com a sugestão que infecções assintomáticas poderiam ocorrer sem soroconversão

Estudos tambem demonstraram que os títulos de anticorpos tendem a cair após infecções leves levantando a possibilidade que a imunidade humoral pode ser de vida curta.

 Um trabalho publicado recentemente no JAMA realizado por Stefansson e colegas mostrou o impacto e implicações dos anticorpos em nível populacional, captando as nuances de prevalência, risco de mortalidade e duração da imunidade.

O estudo foi feito na Islândia, onde 15% da população foi testada por PCR e por anticorpos. Ele envolveu cerca de 30 mil pessoas, incluindo pacientes hospitalizados e da comunidade além de contactuantes . Para os testes de anticorpos foram utilizados dois ensaios altamente sensíveis. Stefansson monitorou os níveis de anticorpos por 4 meses.

Os dados mostraram que aproximadamente 56% dos soropositivos tinham tambem um PCR confirmado. Um terço das infecções foram detectadas em pessoas assintomáticas. Esse cruzamente de informações possibilitou avaliar um risco de mortalidade de 0.3% na Islândia. A mais importante observação foi de que os anticorpos permaneceram estáveis por 4 meses. Diferente dos estudos anteriores este mostrou estabilidade da imunidade humoral.

Se os anticorpos que persistem conferem proteção permanece ainda indefinido.

 

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