A revista The Lancet acaba de publicar a analise sobre a vacina de Oxford : confirma o resultado de eficácia de 62% divulgado no Press release. O de 90% com meia dose segue sendo um acidente de percurso que precisa ser repetido e comprovado (o que gerou a maior polêmica). O artigo mostra o resultado de quatro ensaios independentes, e apresenta o resultado como uma análise combinada de todos eles.
Os ensaios tem varias pequenas diferenças entres si: apenas um é duplo-cego, as doses utilizadas são diferentes, e o regime de doses também, o tempo entre a primeira e a segunda dose não é padronizado. O uso do placebo também varia, alguns estudos usam a vacina de meningite.(foi usada a MeningoB), e outros usam solução salina.
O estudo feito no Brasil usou MeningoB na primeira dose e salina na segunda( ????). Embora estas diferenças pareçam detalhes, elas podem interferir na analise final, e teríamos resultados mais robustos e com uma conclusão mais limpa se houvesse um único estudo
Esperávamos um estudo grande, e padronizado, em todos os centros, assim como foram os da Pfizer e da Moderna. Os dados obtidos para maiores de 55 anos são insuficientes para tirar conclusões sobre a eficácia desta vacina em idosos, então teremos que esperar mais dados.
Um ponto a favor: eles fizeram analise de assintomáticos, e mostraram que a vacina pode pontencialmente proteger contra infecção, o que é promissor, mas precisa ser confirmado. Outro ponto a favor, os casos graves e mortes todos no grupo placebo.
E claro, é uma vacina barata e facil de transportar. Efeitos adversos foram mais frequentes do que nas vacinas genéticas, então um ponto a observar também no decorrer dos ensaios.
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