sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

uma tragédia anunciada

Se quisermos saber a intensidade de transmissão do SARS Cov2 deveríamos olhar para a taxa de positividade.O numero que se obtém avaliando a quantidade de testes realizados e os que resultam positivo.Estou falando do PCR,obviamente.Infelizmente não temos esses dados oficialmente divulgados aqui em Blumenau.Aliás,aqui contabilizam-se casos novos contando-se número de testes rápidos alterados.O maior absurdo entre tanta incompetência.Mas dados do laboratório Santa Catarina apontam para de cerca de 47%.Este é um número extremamente alto.A pandemia está fora de controle

E as consequências ?

Através da pandemia as hospitalizações ocorrem cerca de 12 dias após as notificações dos casos. Se somarmos os casos que vêm se acumulando , sem nenhuma ação preventiva acionada, perto do Natal os hospitais estarão absolutamente colapsados. E nâo se trata de leitos destinados ao tratamento do Covid Vamos muito além.É muito provável que ninguém consiga ser assistido e as consequências serão funestas.Esse pesadelo atormenta a quem não vive o negacionismo evidente.A cegueira covarde que desde o príncipio não prioriza a vida e se acomoda na sua ignorância é hipócrita em não assumir o que se tornará a pior tragédia em saúde a acometer os blumenauenses.Nunca houve um real esforço em parar a pandemia. O plano (se é que existe) é testar pacientes e entregar aos hospitais os doentes para que sigam seu destino. Esta postura fere o humanismo.É quase um genocídio anunciado ao conformar-se com as ditas "mortes inevitáveis".

Nem os mais preparados hospitais podem enfrentar um grande exército de inimigos invisíveis , esse vírus que pode ser sim controlado( vejamos os exemplos da Nova Zelândia , Austrália , Hong Kong etc). Talvez ondas suaves de novos pacientes sejam administráveis.Não um tsunami que já se formou e em breve despejará suas consequências a um sistema de saúde já saturado por quase 9 meses de batalhas diárias .Nesse cenário trágico os pacientes com COVID não irão morrer pela infecção mas também por causa da falta da capacidade humana de quem possa tratá-los. Pode ser que venhamos a assistir a mórbida cena da tomada de decisão de quem deve receber o tratamento com a consequência morte do outro O futuro próximo é a escolha do passado e do presente. A real dimensão do cenário só poderá ser lamentada pois terá sido tarde demais. ......


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