sábado, 20 de junho de 2020

Comportamento em tempos de Covid 19




A chave do sucesso na resposta global ao COVID-19 permanece uma incógnita enquanto as consequências são dramáticas. Em muitos países os esforços para combater a doença resultaram em recessão econômica com milhares de perdas de empregos. Além dos milhões de infectados pelo SARS-CoV-2, centenas de milhares morreram e irão morrer pelo COVID-19. Uma onda sem precedentes de problemas mentais e de comportamento está sendo já documentada — composta por fatores estressantes e incertezas — que implicará por danos atemporais na saúde mundial.

O COVID-19 tem desencadeado uma ampla variedade de comportamentos sociais entre aqueles que estão isolados , dos que estão na linha de frente no combate á doença , dos que desafiam as medidas de controle. Diferentes graus de empatia são expressas ás vitimas. De alguma forma a pandemia aproximou diferentes culturas e credos levando a uma compreensão que nossa saúde é interligada e todos podemos estar expostos ao risco de se contaminar.

As doenças infecciosas sempre foram um exemplo paradigmático de patologias que mostram as conexões de nossa saúde. As vacinas asseguram que nossos filhos sejam protegidos e também protejamos a sociedade. Esta medida , durante a pandemia , é replicada pelo mundo todo entre aqueles que entendem a importância do distanciamento social. Nossa empatia , nossa capacidade para entender o modo como podemos ser afetados é uma poderosa ferramenta para os beneficios na saúde mental.

Mas não é dificil de perceber que nossa empatia é com frequência uma valorização do nosso risco pessoal. Podemos nos sentir afetados por aqueles que estão sofrendo. Mas este sofrimento é o nosso ?
O vírus não é discriminatório?
 As evidências mostram que o vírus exacerba as desigualdades,espelhando os problemas de saúde que são universais. Aqueles com melhores recursos e poder, geralmente de maioria racial ou étnica, têm condições de fazer um real distanciamento fisico, trabalhar de casa e manter seus empregos. Este mesmo grupo terá menor risco de adoecer ou morrer pelo COVID-19, provavelmente por uma série de fatores incluindo uma melhor assistência à saúde. Os mais vulneráveis —pobres , com baixa renda , menor educação , desnutridos etc serão as maiores vitimas.


E aqui é onde a empatia falha. Quem está numa situação mais privilegiada entende os riscos e consequências de uma forma diferente. Se pudéssemos estar dispostos a realmente entender nossa contribuição social , nos protegendo e ao mesmo tempo protegendo ao outro mudaríamos dramaticamente a história da pandemia.

Certamente este momento chama por uma cuidadosa reflexão e uma proposta de reinvestimento na compaixão quando o assunto é saúde. É buscar um ponto tangível onde a saúde para todos possa ser possível. O COVID-19 tem nos mostrado que uma pessoa saudável e um mundo saudável é a mesma coisa.

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