sábado, 13 de junho de 2020

A incrível história do Vietnã contra o coronavírus



O Vietnam registrou nenhuma morte pelo SARS COV 2 a despeito de uma população de 96 milhões de pessoas e seu governo comunista espera um crescimento da economia em 5 % este ano diante de uma recessão global.
O país faz fronteira com a China com quem mantém estreita relação econômica e registrou seu primeiro caso em 23 de janeiro de 2020. Rapidamente instituiu um rigido regime de quarentena na capital Hanoi e estabeleceu um impressionante esquema de rastreamento de contactantes de pacientes diagnosticados mesmo com escassez de exames laboratoriais. O governo distribuia informações sobre a epidemia via mensagem de texto e cobrou de sua população o dever patriótico de se auto-isolar e lavar as mãos.
O Vietnam é um estado de vigilância onde os cidadãos são monitorados.As estruturas que controlam epidemias são as mesmas que controlam as ações públicas. Centenas de pessoas foram multadas por causarem pânico desnecessário ou discordarem das causas nacionais através de redes sociais.
Assim como a China, o Vietnam vem desde os anos 80 vem equilibrando repressão politica com liberdade econômica.Isso levou aos indices quase zerados de extrema pobreza que antes eram de 50%.Na última década o país foi a segunda mais rápida economia a crescer no mundo (atrás da China).
Sua economia está se beneficiando de duas maneiras: foi a primeira a reabrir com poucas restrições e já está se envolvendo com uma enorme gama de investimentos de companhias como Apple. O próximo passo é retomar o turismo que contribui para 9% da arrecadação nacional e isso deve ocorrer em breve , quando o governo retomar os vôos internacionais. Mas isso só será possível quando os países de origem não tiverem casos novos registrados há mais de 30 dias

Histórias de sucesso contra a pandemia não são exclusivas de países autoritários mas também de democracias como a Australia, Alemanha e Nova Zelãndia. Os exemplos estão alinhados com a responsabilidade civil e de governantes sérios e não caricatos como os dos Estados Unidos e Brasil.

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