domingo, 4 de junho de 2017

Cultivar emoções



Lisa Feldman acaba de publicar " how emotions are made : the secret life of the brain" . Neste livro ela elabora uma nova teoria para as emoções.A clássica maneira que as enxergamos é como inatas e limitadas nas suas variedades e capazes de acontecerem fora de nosso controle.Mas para Lisa os últimos estudos não confirmam essas definições.Ela expõe sua teoria através de uma teoria interessante.

Por anos temos considerado que em algum lugar do nosso cérebro existam circuitos especificos para a raiva , o medo , a alegria etc e quando algo acontece, um determinado impulso fará a emoção aflorar.Qualquer ser humano seria capaz de . sem nenhum aprendizado , expressar as mesmas emoções.Existe porém uma ampla variabilidade que expressará a emoção.Uma pessoa poderá pular de medo , congelar de medo , gritar de medo , sorrir de medo etc.Segundo a escritora uma situação muito importante é o que é realmente significativo para entender como as emoções atuam no dia-a dia.Na verdade nosso cérebro está reconhecendo algo mas nossas prévias experiências é que expressarão as emoções.

Nosso cérebro é organizado de tal modo a se antecipar a algo que está prestes a acontecer.E isto ocorre fora de nossa consciência.Nossas vivências anteriores serão determinantes , manterão uma conexão pronta para a emoção.
O livro sugere que as emoções estão acontecendo para nós.Nosso cérebro as produzem de acordo com nossa necessidade.Somos os arquitetos de nossa própria experiência.

Como controlar essas emoções ? Existem dois modos para que não nos tornemos escravos de nosso passado.O primeiro é que o cérebro é capaz de juntar fragmentos do que já vivemos e combiná-los de uma nova forma ( como utilizar diversos ingredientes e fazer uma nova receita).
O segundo é que nós deveríamos investir esforços no presente e cultivar boas emoções.Ler e falar sobre compaixão , imaginação . moral , ética etc. Esses sentimentos não são propriedades da emoção,são propriedades da consciência pois estarão sempre conosco independentemente se estarão sendo utilizados.Serão parte de nossa experiência do mundo.


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