segunda-feira, 5 de junho de 2017

Sífilis : uma antiga doença em tempos modernos



Os primeiros casos de sífilis na Europa foram relatados há cerca de 500 anos quando soldados franceses invadiram a cidade de Napoli na Itália.Desde então a doença tem sido conhecida através de vários codinomes : cancro , roséola , grande imitadora etc devido ao seu amplo espectro de apresentação clínica.
A literatura científica e histórica é repleta de referências à sua vasta trajetória.
Hoje a sífilis é tratada com penicilina e  pode ser curada.Apesar de muito comum em países sub desenvolvidos (muitas vezes associada ao HIV) , vem crescendo de incidência de um modo preocupante no resto do mundo.O Brasil registrou nos últimos 5 anos um aumento de 320% nos novos casos.Esta situação serve de alerta para lembrar que doenças clássicas podem manter-se aparentemente controladas mas constituem-se em ameaças silenciosas à população.

A sífilis é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum e geralmente é transmitida por via sexual.Porém o contato com lesões de pele , transfusões sanguíneas , uso de drogas injetáveis e congenitamente são observados também.Quem está infectado pode transmitir a infecção até cerca de 3 anos após o contato.Existe também uma forma mais rara da doença que pode manifestar-se após mais de 20 anos e é chamada de sífilis terciária.Nestes casos os sistemas cardiovascular e neurológico podem ser acometidos.

As estratégias de controle são fundamentais para um correto tratamento e diagnóstico.A exposição sexual através de relações sem preservativo constituem-se , atualmente , na situação de maior risco.
Pacientes que apresentem lesões de pele , lesões nos órgãos genitais , febre prolongada , aumento de linfonodos (ínguas) etc devem ser testados para a infecção.O diagnóstico se dá através de exames laboratoriais que definem a atividade da doença.

A sífilis ainda faz a história.Ela continua sendo a mesma ameaça.O modo de transmissão é o mesmo.O que também não muda é a irresponsabilidade humana.

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