quinta-feira, 15 de junho de 2017
Como encontrar sentido diante da morte ?
O psiquiatra William Breibart , do Kettering Cancer Center em Nova Iorque , tem dedicado o seu trabalho a entender os limites entre a vida e a morte. Mais precisamente a busca por um sentido da vida.Para muitos de seus pacientes a questão mais valiosa não é quando irão morrer ou quanto dolorosa será a sua condição terminal.Mas sim o que faz a vida ter sentido.Eles estão em busca de um significado que não pode ser destruído pela morte.
Existirá algum ?
Breibart vem tentando responder a essa questão.Sua pesquisa mostra que enquanto o espectro da doença frequentemente leva os pacientes a concluírem que suas vidas são insignificantes ele também pode ser um catalisador para que , como nunca o fizeram antes , trabalhem num sentido para tudo.
Emily Smith , autora do livro " the power of meaning" , demonstra que o que contribui para que os pacientes sintam que suas vidas valem a pena são três condições :
1. eles sentem que sua existência é valorizada pelos outros
2. eles têm uma proposta de vida , com objetivos importantes
3. eles entendem suas vidas como coerentes e integradas
Filósofos e psicólogos dizem que o caminho para o sentido está em contribuir para algo maior que o ego , como a família , o país , ou mesmo o deus em que acreditam.
Significado e morte são os dois lados da moeda - o problema fundamental da condição humana.
Breibart vive seus questionamentos : como um ser humano deveria viver sua vida finita ? Como encarar a face da morte com dignidade ? Como não negar o fato da morte inevitável ?
Seu trabalho vem rendendo artigos interessantes analisando o tempo entre o diagnóstico de uma doença terminal e a morte.Neste momento , ele argumenta , pode haver uma oportunidade para um extraordinário crescimento : " uma realização que traga aos pacientes alguma medida de paz e consolo diante do seu ultimo desafio ".
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