Após mais de 35 anos de história da AIDS ainda estamos longe
da criação de uma vacina segura e efetiva contra a infecção.Enquanto a ciência
progride para o controle imunológico do Zika vírus e do Ebola os resultados
para o HIV são frustantes.A variedade genética e sua capacidade de mutação são
o seu grande trunfo contra uma vacina.
São mais de 20 anos de intensa pesquisa com resultados
apenas modestos.Por exemplo : em 2009 uma vacina chamada de RV144 foi estudada
em mais de 16.000 adultos entre 18–30 anos (metade destes receberam placebo).Sua
proteção foi calculada em 31% o que é considerada baixa quando se estudam
vacinas.Apesar desse resultado os pesquisadores continuam a estudar uma maneira
de melhorar esse índice , talvez realizando reforços periódicos a fim de
proporcionar uma melhor resposta imune ( espera-se para 2020 os resultados
finais).
Outro problema que intriga os cientistas é a diversidade do
HIV pelo mundo.Diferentes subtipos provavelmente dificultarão o desenvolvimento
de uma vacina universal.Nós não sabemos se uma vacina poderia proteger contra cepas
diferentes (chamamos este processo de proteção cruzada)
Outro campo de pesquisa envolve um tipo de proteção
diferente contra o HIV : a infusão direta de anticorpos neutralizantes.Um
produto chamado VRC01 (anticorpo monoclonal) está sendo testado em mulheres na
África , homossexuais masculinos nos Estados Unidos , Brasil e Peru.Essa seria
uma espécie de imunoterapia passiva ( os anticorpos são dados de forma
pronta).Atualmente são mais de 4.000 participantes.Estes recebem a infusão a
cada 8 semanas.O que já vem sendo observado é que o nível desses anticorpos
caem com o tempo e doses de reforço serão necessárias.Ainda não existem estudos
de custos com essa proposta.
Por enquanto a intervenção mais barata e eficaz continua
sendo a prevenção....tão menosprezada nesses tantos anos de pandemia
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