sábado, 1 de abril de 2017
Cérebro e coração estressados
Cada vez mais as pessoas experimentam situações de stress no cotidiano.Excesso de trabalho , insegurança e infelicidade , pobreza são circunstâncias que resultam em uma crônica condição que pode ocasionar distúrbios psicológicos como a depressão.
Alguns estudos publicados no passado relataram um aumento no risco de doenças cardio-vasculares nestes pacientes.Em 2004 , Rosengren , publicou um trabalho mostrando que pacientes que tinham a percepção do stress apresentavam uma maior prevalência de infarto do miocárdio.Porém , a direta relação causal e os mecanismos fisiopatológicos que envolvem o problema não foram claramente elucidados.Provavelmente a dificuldade estava ligada a uma maneira de padronizar os sintomas ( o stress varia de pessoa para pessoa)
A revista britânica The Lancet acaba de publicar um estudo que mostra a atividade da amigdala ( uma pequena estrutura cerebral....não confundir com aquela localizada em nossa garganta) como de fundamental importância na gênese dos problemas relacionados ao stress.
293 indivíduos foram avaliados , sem história de doença cardiovascular , através do exame PET-scan.
Após um período de seguimento de 3-7 anos a atividade da amigdala foi significativamente associada com o indice de doenças cardiovasculares.O PET scan mostrou resposta inflamatória que é a mediadora na geração de problemas circulatórios.Além disso o estudo realizou exames laboratoriais que também mediram proteínas inflamatórias como a interleucina-6.Pacientes que desenvolveram problemas cardíacos tinham valores elevados destas e também de outros marcadores.
Os autores sugerem que a avaliação do grau de stress seja valorizada na analise de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Cérebro e coração compartilham os benefícios de nosso bem estar
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