Muitos pacientes que saem da fase aguda do COVID 19 experimentam uma gama de persistentes sintomas que incluem exaustão , falhas na memória , dores musculares e de cabeça , astenia entre outros que podem durar semanas ou até meses
Especialistas em doenças infecciosas ja têm experiência com quadros semelhantes que podem suceder algumas infecções agudas . O nome atribuído a estes sintomas, na maior parte das vezes de carater subjetivo, é encefalomielite mialgica.
O numero cada vez maior de pacientes é mais um dos efeitos imprevisíveis da doença muitas vezes negligenciados pelas autoridades em saúde.
Este quadro clínico ainda é pouco compreensível em termos de patogenia , fatores predisponentes , diagnóstico preciso e consequentemente tratamento.
O nome "encefalomielite mialgica" foi cunhado nos anos 50 após um surto de uma doença infecciosa em Londres que acarretava complicações de longo prazo. Na época , nenhum patógeno foi identificado. Na metade dos anos 80 , um surto similar ocorreu na localização de Lake Tahoe , nos Estados Unidos, e o CDC rotulou a doença como síndrome da fadiga crônica, tendo o nome sendo bastante utilizado para explicar sintomas gerais que ocorreriam após algumas infecções agudas como a Mononucleose infecciosa.
Estima-se que cerca de 2,5 milhões de americanos tenham essa complicação,na maioria das vezes diagnosticada incorretamente.
A sintomatologia principal não é a fadiga mas uma prolongada exaustão associada a disfunções cognitivas que se agravam diante de mínimas atividades físicas (mal estar pós esforço).
Com muita frequência os pacientes não saõ entendidos em seu sofrimento sintomático pelos médicos e até mesmo familiares.São tratados como ansiosos ou depressivos e acabam recebendo medicamentos psiquiatricos.
Ainda é motivo de debates a maneira correta para melhor ajudar o paciente. Mas antes de buscar a terapia (que não existe no momento) é preciso ouvir atentamente aquilo que só quem sofre do problema tem condições de expressar.
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