Após cerca de 50 anos de vacinação contra a gripe muitas
questões sobre sua eficácia ainda estão pendentes.Uma vez que o vírus evolui
antigenicamente a performance da vacina é monitorada a cada ano e sofre
variações frequentes de resultados .
Os estudos mais fiéis são aqueles realizados em “testes
negativos” , isto é , pacientes vacinados que apresentam sintomas gripais e
testam negativamente para as cepas protegidas pela vacina.O estudo mais atual ,
realizado após o inverno no hemisfério norte (2016) , demonstrou um preocupante índice
de proteção oferecido pela vacina de apenas 19%.Estudos anteriores mostraram
índices de proteção em torno de, no máximo , 50%.Embora este valor seja inferior aos de
outras vacinas de uso rotineiro, ele ainda demonstra um substancial beneficio em
termos de saúde publica : estima-se que em 2014 aproximadamente 40 mil óbitos pela gripe foram prevenidos nos
Estados Unidos.Tambem calcula-se que cerca de 40 mil hospitalizações deixaram
de ser realizadas pelo uso da vacina na temporada de 2010-2011.
Esses dados não refletem a não necessidade de vacinas
melhores.O sucesso de uma vacina depende diretamente de sua ação contra as
cepas circulantes.É preciso também refletir sobre dados obtidos em grupos de
pacientes mais propensos a terem complicações decorrentes da gripe.A vacina
atual apresentou baixa proteção para pacientes com mais de 65 anos e para
pacientes que usam de modo prolongado drogas para baixar o colesterol,as
estatinas..
Espera-se que novos desenvolvimentos ocorram no sentido de
produção de uma vacina universal,ou seja , uma que induzisse a formação de
anticorpos para o maior numenro possível de vírus influenza.Até lá seguiremos
observando
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