domingo, 26 de fevereiro de 2017

perdas

Dados de uma companhia de seguros dos Estados Unidos sugerem que nós percamos cerca de 9 objetos por dia (aqui incluso senhas , códigos de acesso , guarda-chuvas etc).Claro : a maioria nós recuperamos !. Mas dessa forma ao chegarmos aos sessenta anos somaremos cerca de 200 mil coisas perdidas.Achá-las normalmente não terá sido problema.Mas nunca iremos recuperar o tempo desperdiçado na procura : 6 meses completos de nossas vidas !
De acordo com a ciência,perder algo representa uma falta de atenção.Porém a Psicoanalise diz que as perdas são um "sucesso".Uma sabotagem deliberada de nossa mente racional pelos desejos subliminares.A melhor explicação,na minha opinião,é que a vida é bastante complicada na maioria das vezes e a mente limitada.Perdemos coisas porque somos imperfeitos,humanos,porque temos coisas a perder.
E sendo humanos,nós seremos sempre relutantes em assumir nossa culpa.E enquanto procuramos iremos escolhendo os responsáveis pela perda : buracos negros , aliens , duendes etc
No drama da perda somos vilões e vitimas
Independentemente do tipo de objeto a perda nos põe em nosso devido lugar nos mostrando a carência de ordem e nossa natureza fugaz de existência.Quando perdemos alguém esse momento não é dimensional mas terminal.A morte ou a separação é uma perda sem a possibilidade do encontro.
Como uma disfuncional forma de amor a tristeza não tem fronteiras
A lição maior é que tudo o que nos molda é preenchido pela impermanência.Não importa então o que perdemos,as lições são as mesmas.
A perda é um tipo de consciência externa tentando tornar melhor os nosos dias finitos
Walt Whitman sabia com profundidade ao escrever em um de seus poemas que nossa breve trajetória é melhor aproveitada quando honramos o que achamos nobre , descartamos o que é imoral,reconheçamos o que é indispensável,incluindo o que nos completa

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