A incerteza é quase infalivel quando se aplicam as
evidências obtidas de estudos populacionais a um indivíduo em particular.A
evidência pode nos informar sobre possibilidades mas diante de um paciente com
todas as suas peculiaridades é preciso ir além de cumprir simplesmente um
protocolo.George Elliot em 1867 escreveu : quem é capaz de numa primeira
observação descrever com precisão o comportamento humano ¿.Nós precisamos de
muitas abordagens para entender sua amplitude.É como se reconhecêssemos o
alfabeto mas não soubéssemos a linguagem.
A medicina insiste em nos
fazer descrever as pessoas em termos de dados.Porém , estes não são nem
serão suficientes para o pleno cuidado dos pacientes.Cada um tem seus valores
únicos,aspirações e contextos de vida.O médico precisa entender essa
singularidade na dimensão maior da humanidade no sentido de aplacar com maior
eficiência o medo , projetar a esperança , explicar os sintomas e o
diagnóstico.
Vivemos um momento que a mente simplifica a experiência e
nega , com muita frequência , a complexidade.Um momento também de dissociação
do corpo como um objeto e do corpo como um sujeito.Respostas simples e falhas
são oferecidas para os problemas insolúveis como o envelhecimento ,as perdas e
a morte
Um abismo é gerado entre números e palavras.Numeros que têm
uma atração sedutora sugerindo solidez e certeza.Mas são as palavras que vão
criar as verdadeiras pontes para a verdade , ou algo próximo a ela.Precisamos
de mais estudos pessoais e não tanto matemáticos.
O poeta americano Robert Frost descreveu a poesia como “ a
mais curta distância entre dois pontos : o escritor e o leitor”.E é essa ,
exatamente , a intensidade da conexão que os médicos precisam para melhor
ajudar as pessoas com sofrimentos e perdas
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