Quanto tempo dura a imunidade produzida após a vacina conta
a Covid-19?
É algo que todos nós gostaríamos de saber, mas é uma
pergunta ainda sem resposta.
Existem algumas evidências de que a imunidade diminui , a
partir do sexto mês da imunização, especialmente contra a variante delta. Um
estudo, ainda não revisado de pesquisadores israelenses,mostrou que o risco de
infecção é significativamente maior entre as pessoas que foram vacinadas no
início da campanha de vacinação ( em Israel ela começou em Dezembro de 2020).
Mas há uma opinião entre especialistas de que a terceira
dose não deva ser priorizada enquanto a imunização completa não tiver terminado
em toda a população. Apesar de cerca de 35 milhões de doses das vacinas
covid-19 serem administradas todos os dias, apenas 1,3% das pessoas em países
de baixa renda receberam pelo menos uma dose. Pouco menos de um terço (32%) da
população mundial tomou pelo menos uma dose e apenas um quarto (24%) tomou
duas.
A Organização Mundial da Saúde pediu cautela sobre doses
adicionais até pelo menos o final de setembro, para permitir que um mínimo de
10% da população de cada país seja vacinada. Discute-se se este percentual será
realmente atingido até lá.
Muitos países de renda alta e média têm discutido uma
terceira dose como uma forma de garantir que as pessoas permaneçam protegidas
contra novas variantes do SARS-CoV-2 com a aproximação dos meses de inverno no
hemisfério norte. Em Israel, mais de um milhão de pessoas receberam uma
terceira dose da vacina Pfizer depois que o governo iniciou sua campanha de
reforço dirigida a pessoas com mais de 60 anos. A Turquia começou a administrar
doses de reforço em julho para profissionais de saúde e pessoas com mais de 50
anos. O país, que usa as vacinas Sinovac e Pfizer, agora também está permitindo
que as pessoas que receberam a vacina Sinovac também recebam a vacina Pfizer . Uma
iniciativa semelhante está sendo implementada no Uruguai, onde cidadãos que
receberam a vacina Sinovac estão recebendo uma dose da vacina Pfizer para
aumentar sua resposta imunológica.
Espera-se que os EUA distribuam a terceira dose para a
maioria dos adultos a partir de 20 de setembro,recomendada para ser
administrada oito meses após a segunda. Profissionais de saúde, residentes de
asilos e idosos que receberam as vacinas precocemente serão priorizados para o
reforço.O Brasil planeja a terceira dose a partir de 15 de Setembro iniciando
com idosos acima de 80 anos e pessoas com imunodeficiências.
Será que precisaremos de vacinas atualizadas anuais?
Esta é certamente uma possibilidade.Provavelmente
precisaremos de uma nova dose anual por um tempo. . . Depende apenas da duração
da proteção. O vírus sofre mutação,mas não muda tanto ou tão rapidamente quanto
o vírus da gripe.
Fica o debate ético num mundo cada vez mais desigual.
Vacinas estão sobrando e vencendo a validade nos EUA e Canadá. Por outro lado
vários países nem sequer iniciaram seus esquemas vacinais. E falamos em doses
de reforço ou terceira dose.
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