Israel é um exemplo de país que realizou uma rápida
imunização de seus habitantes.
Na metade do mês de Março festejavam o fim dos lockdowns e
em Abril a maioria da população já não usava máscaras. O mundo pós pandemia se
materializava por lá.Porém uma visita inesperada , no inicio de Junho , mudou o
cenário por completo. As máscaras estavam de volta . A variante Delta começou a
ser detectada.
No inicio eram algumas dúzias de casos . Agora , em Agosto
já são em torno de 6 mil por dia.
Israel fez um acordo com a BioNTech/Pfizer de garantir
vacinas para toda a população em troca de compartilhar os dados nacionais da
vacinação em massa. Após meses de euforia os dados são preocupantes : o
ministério da saúde divulgou os resultados da eficácia da vacina – de 94% de
proteção para infecções assintomáticas com a variante anterior ( Alfa) para 64%
com a dominante Delta.
Enquanto os novos casos foram surgindo , as hospitalizações
também cresceram. Para os não vacinados nota-se um aumento de até 6 x o risco
de ter Covid grave. Em idosos foi observada queda na proteção vacinal – a
maioria foi vacinada em Dezembro do ano passado
As autoridades em saúde do país prevêem que , no mínimo , 5
mil pessoas irão precisar de hospitalização no inicio de Setembro, metade
destes com necessidades de cuidados intensivos, excedendo a capacidade de
atendimento. O primeiro ministro Naftali Bennett acaba de liberar uma ajuda de
$770 milhões para dobrar a capacidade hospitalar , se necessário.
A partir de Primeiro de Agosto, Israel passo a vacinar com
uma terceira dose as pessoas acima de 60 anos. Em 12 de Agosto, 775.000 pessoas
já tinham recebido suas doses e os dados mostram que os anticorpos subiram dias
depois da imunização. Para os israelenses a dose extra é uma prova de que estão
na frente da das campanhas de vacinação.
São os primeiros também na experiência de reconhecer os
limites da vacina e aceitar um provável caminho ainda sem fim – doses fequentes
para se manterem protegidos
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