O Remdesivir é uma droga antiviral que foi inicialmente
testada para tratar a hepatite C e outros vírus respiratórios. Não houve sinais
de evidências de melhora com seu uso.. Posteriormente foi utilizada como uma
opção para o Ebola , novamente sem sucesso.
No dia 01 de maio o FDA aprovou em caráter emergencial a
droga para o tratamento de pacientes graves com Covid-19.
Dr. Mark Denison da Vanderbilt University é um dos
pesquisadores que redescobriu seu potencial uso estudando outros tipos de
coronavírus. Daí , o remdesivir tronou-se um candidato a preencher essa lacuna
preocupante de drogas antivirais .
O estudo que validou sua aprovação foi patrocinado pelo
National Institute of Allergy and Infectious Diseases, incluiu mais de 1.000 pacientes
graves e o resultado foi : aqueles que usaram o remdesevir se recuperaram
mais rápido que no grupo placebo: em 11 dias versus 15 dias.
O problema é que a droga não reduziu significativamente os índices
de mortalidade.
Críticos do estudo afirmam que o desfecho primário que era
pretendido no trabalho , ou seja , redução de óbitos , não foi portanto
atingido e foi substituído por um tempo menor de recuperação.
Os Coronavirus têm muito mais RNA do que os cientistas
imaginavam. Muitos vírus que causam epidemias têm essa característica e mutam
com frequência ( exemplo : o influenza).
Dr. Denison na sua pesquisa com o antiviral mostrou
empolgação exatamente pela ação in vitro na quebra da cadeia do RNA.Mas ele
falhou em várias situações de “vida real “ para os vírus contra os quais foi
testado.
Ainda não é possível se entusiasmar com sua promessa.
Um estudo desta semana na China , publicado na prestigiosa revista Lancet , mostrou que o Remdesevir
não mostrou nenhum beneficio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário