quinta-feira, 27 de julho de 2017

Comunicando o fim da vida



A comunicação precoce  ajuda a planejar o final da vida de pacientes com doenças terminais,.Para isso é imprescindível o trabalho interdisciplinar entre pessoal médico e não médico.

Isto é o que sugere o estudo "Exploring Health Care Providers’ Views About Initiating End-of-Life Care Communication" feito pelas universidades Norte Americanas da Flórida do Sul, da Califórnia do Sul, do Estado do Novo México e de Washington 

 Este estudo explora as perspectivas dos médicos, enfermeiras, trabalhadores sociais e assistentes espirituais sobre a participação de pacientes gravemente doentes e suas famílias na comunicação do final de vida. Os dados qualitativos foram fornecidos por 79 provedores (médicos e não médicos) que trabalhavam em dois centros médicos de Los Angeles. Três temas que descrevem as percepções dos provedores a respeito de seus papéis e da responsabilidade ao falarem com pacientes seriamente doentes foram apontados: (1) o papel dos provedores para participar em discussões de fim de vida, (2) a responsabilidade dos médicos para iniciar e dirigir estas discussões e (3) a necessidade de Equipe de co-gestão da atenção ao paciente.

Vários fatores impedem uma comunicação eficaz e oportuna sobre o tema. Estes incluem atrasos na comunicação até que os pacientes estejam gravemente doentes e / ou próximo da morte. As lacunas na comunicação entre o paciente e o provedor de saúde afetam negativamente a planificação antecipada dos cuidados e limitam as referências aos cuidados paliativos.

A confusão a respeito das funções de vários provedores de atenção médica também limita a comunicação, especialmente quando os provedores não coordenam a atenção com outros provedores de atenção médica em diversas disciplinas.

 Um problema importante existe quando o pessoal não médico (isto é, os trabalhadores sociais, os capelães e outros profissionais aliados) se sente mal preparados ou carecem de capacidade para articular seu papel principal e a responsabilidade de realizar este trabalho, o que demonstra a necessidade de melhorar a capacitação de todos os provedores.

Os provedores destacaram a importância do início precoce das discussões, ter médicos que coordenem, especificamente devido a seu treinamento médico e a necessidade de esclarecer a informação médica com respeito ao prognóstico dos pacientes. Ainda que os médicos sejam uma parte vital da comunicação no fim de vida e estejam no centro da comunicação de informação médica, um enfoque interdisciplinar que envolva enfermeiros, trabalhadores sociais e capelães, poderia melhorar significativamente a atenção ao paciente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário