Algumas questões são ainda levantadas sobre a dinâmica da transmissibilidade do SARS Cov 2. Para pessoas com COVID 19 , um teste PCR positivo indica por si só capacidade de infecção ou seria necesssário um minimo de alta carga viral (definida por ciclos de pesquisa do RNA menor que 35) ?
O mesmo pode ser aplicado ao ambiente.
Uma pesquisa na plataforma MEDLINE identifica 6 estudos com dados de contaminação pelo vírus associada à superficies. O RNA viral foi confirmado em 1·0–52·7% das amostras. Em 5 estudos o SARS-CoV-2 não foi detectado. Em 1 estudo o vírus foi identificado em 9·2% das amostras e foi explicado pela possibilidade de um paciente com tosse persistente ter eliminado gotículas no ambiente.
Os achados são consistentes com dados laboratoriais que mostram que ciclos de em média 29·3 (superficies de aço) 29·5 (plásticos) se correlacionam com a detecção de vírus em cultura e ciclos de 32·5 (aço) ou 32·7 (plástico) se correlacionam com vírus não cultivável
O RNA do SARS-CoV-2 pode ser encontrado em superficies por até 28 dias.Ciclos maiores do que 33 obtidos em amostras de superficies provavelmente não tem relevância na transmissão. A contaminação pode ocorrer somente se o evento aconteceu recentemente e se o portador estava bem próximo à superficie. Se a pessoa fonte não está permanentemente perto do local , se não tiver sintomas e estiver usando máscara seria desprezível o risco. Em situações de ambiente de trabalho foi visto que somente 5 (0·6%) de 841 testes entre empregados foram positivos (num período de duas semanas), e os valores de ciclo foram entre 33 e 36. Analisando 5500 amostras de diferentes superficies do ambiente onde esses pacientes trabalhavam apenas 44 (0·8%) foram positivas, com ciclos de 34 e 38, indicando que a carga viral no ambiente foi ainda mais baixa
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