Crianças infectadas pelo coronavirus produzem menos
anticorpos e por menos tempo quando comparadas a adultos.
Outros estudos têm sugerido que uma forte resposta imune
pode ser vista em pacientes que desenvolvem infecção grave. Uma resposta mais
fraca em crianças pode , paradoxalmente, indicar o não desenvolvimento de
formas mais severas nessa população por haver menor resposta inflamatória como
consequência da infecção. Também explicaria a menor capacidade das crianças em
transmitirem o vírus.
O estudo foi publicado na Nature Immunology.
Ter menos imunidade não significa risco maior de reinfecção.
O trabalho analisou anticorpos contra o coronavirus em 4
grupos de pacientes: 19 adultos que tinham sido hospitalizados pelo COVID; 13
adultos hospitalizadas com forma grave; 16 crianças hospitalizadas com síndrome inflamatória multi
sistêmica e 31 crianças (metade assintomáticas).
A produção de anticorpos variou entre crianças e adultos.Crianças
fizeram primariamente um tipo de anticorpo, IgG, que reconhece a proteína spike
do vírus. Adultos, em contraste, fizeram mais anticorpos diferentes contra
outras proteínas e anticorpos neutralizantes.
Nenhum grupo de crianças teve anticorpos para a proteína do
nucleocapsídeo N.Esta proteína é encontrada
dentro do vírus e não na sua superfície, o sistema imune poderia só fazer
anticorpos contra ela se houvesse uma ampla infecção disseminada.
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