Antes mesmo de receber um nome, é possível que a variante
Omicron tenha se espalhado em Nova York e nos Estados Unidos.
Uma convecção que reuniu milhares de pessoas (mais de 50
mil) aconteceu em Manhattan durante três dias em novembro reunindo pessoas
aficcionadas pelos programas de animação japoneses conhecidos como anime.
Na multidão estava Peter McGinn, um analista de saúde de 30
anos,morador de Minneapolis. Ele participou de painéis de discussão, conversou
com estranhos sobre seu podcast de anime e, à noite,esteve com vários amigos.
Depois de voltar para casa, soube que um amigo da convenção - um fã da Carolina
do Norte - tinha testado positivo para coronavírus. Nos dias seguintes muitos
mais de seus amigos da convenção também teriam o teste positivo.Ele também testou
positivo. Esse acontecimento ocorreu em 23 de novembro, um dia antes da maioria
dos cientistas ter ouvido falar da nova variante que estava se espalhando pelo
sul da África. A Organização Mundial da Saúde ainda não havia dado um nome à
variante - Omicron. Mas já estava presente nos Estados Unidos, sem ser detectada.
Na primeira semana de Dezembro,a autoridades de saúde em
Minnesota examinaram as amostras de vírus em uma série de testes recentes. Uma
delas - do Sr. McGinn - mostrou as mutações da Omicron.Esse resultado, anunciado
pelas autoridades de saúde de Minnesota em 2 de dezembro, é o primeiro caso
conhecido de propagação do Omicron nos Estados Unidos. O anúncio veio mais de 10 dias após o término
da convenção de anime, deixando as autoridades de saúde para trás, antes mesmo
de perceberem que a corrida contra a Omicron já havia começado.
As autoridades de saúde da cidade de Nova York enviaram
dezenas de milhares de e-mails e mensagens de texto aos participantes da
convenção, pedindo-lhes que fizessem o teste. Mas até agora as autoridades
ainda não confirmaram qualquer transmissão do Omicron na convenção Anime NYC.
É possível que a convenção tenha contribuído pouco para a
disseminação da Omicron. Mas parece mais provável que o vírus esteja,
novamente, ultrapassando uma resposta de saúde pública que seja pró ativa. A
ressaltar que para participar da convenção não se exigia vacinação completa ,
apenas uma dose já era necessária. As pessoas se sentiram seguras enquanto
mostravam seu comprovante de vacinação.
Não está claro se o Sr. McGinn foi infectado na convenção ou
em uma ocasião muito próxima. Mas o contatos foram em dias consecutivos no
congresso com outros participantes. Das cerca de 30 pessoas com quem ele se
lembra de ter socializado na cidade de Nova York, cerca da metade apresentou
resultado positivo para o coronavírus, disse McGinn. No entanto, nenhum dos
estados onde vivem anunciou se essas pessoas também tinham a variante Omicron (
não foram ainda sequenciadas amostras ).
Muito permanece desconhecido sobre aa Omicron, incluindo sua
letalidade ou o grau de proteção que as vacinas da Covid fornecem contra ela. Os
epidemiologistas voltaram a falar em achatar a curva, por meio do uso de máscaras
e de um comportamento mais cauteloso. E eles estão pedindo ação agora, para
evitar uma repetição dos erros cometidos em março de 2020, quando as
autoridades de Nova York demoraram a entender a rapidez com que o vírus estava
se espalhando pela cidade.
Nos últimos quatro dias, o programa de sequenciamento do
genoma de Nova York detectou sete casos de Omicron entre residentes na cidade
de Nova York, embora as autoridades de saúde tenham fornecido poucas
informações sobre os casos, não existem informações se eles participaram da
convenção
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