A mais profunda novidade sobre o COVID 19 está no fato de ele originar uma crise mesclada pelas fragilidades políticas,econômicas , sociais , ecológicas e humanitária.
Tudo o que antes parecia separado é na verdade inseparável.E eis que entramos na era das incertezas.
As consequências do isolamento levaram cada um a refletir sobre como vive , suas reais necessidades , aspirações esquecidas pelos de uma vida menos oprimida e mascaradas pelos que vivem na distração dos verdadeiros problemas de nossa condição humana.
O isolamento mostrou a abertura para o essencial da existência.
Nossa fragilidade , nossa precariedade estava esquecida. Nosso mito de ser aquele que domina a natureza caiu por terra diante de um vírus.Isso nos mostra que quanto mais senhores da biosfera , mais nos tornamos dependentes dela e quanto mais a degradamos mas degradamos a nossa vida.
O aumento do nosso poder nos aproxima da nossa fragilidade.
A incerteza anda de braços dados com a nossa vida.Esta é uma aventura incerta.O coronavírus irrompe no imediato da vida cotidiana , da morte sempre postergada para o futuro.
Nosso modelo politico e econômico nos incita a levar uma vida consumista , extrovertida , voltada para fora , para encontros sociais.O isolamento nos tornou subitamente recluso dentro de nós mesmos.E muitos perceberam que não sabem ou não querem essa que é a real condição humana.
Por fim a crise humanitária , ancestral , descobriu um humano incapaz de entender o verdadeiro espirito do social. mostrou que a maioria convive de forma parasitária obtendo da sociedade o que lhe convém.
Quando a medicina condiciona a morte a fatores de risco , ela alivia aos poupados pelas estatisticas .A cadeia que se estabelece pelo comportamento na transmissão do vírus não impacta àqueles que ostentam uma saúde estável e , desta forma , tem o passaporte que lhes permite excluir-se de qualquer responsabilidade.
O coronavírus intensifica a crise da humanidade que não consegue se constituir como humanidade
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