domingo, 29 de março de 2020

Como chegamos até aqui : Covid parte 3



Como chegamos até aqui 3

O COVID 19 é 10 vezes mais eficiente para se ligar aos receptores pulmonares ACE-2 do que os seus antecessores.
A ligação é mais coesa o que pode significar que o processo inicial de infecção seja mais potente.O vírus também tem uma exclusiva habilidade : usar enzimas humanas,uma em especial chamada furina,que atuaria “quebrando” as espículas e facilitando a penetração tecidual do seu RNA.Essa capacitação pode colaborar para a transmissibilidade em alto nível.

 Quando infecta uma pessoa ele rapidamente se replica no trato respiratório superior e inferior.Essa é uma característica dos vírus RNA.Mutações também são geradas que poderiam “jogar contra” a própria viabilidade viral.Mas diferente de outros vírus RNA,os coronavírus tem uma capacidade de checar erros enquanto se replica através de uma enzima.

Uma outra característica da família coronavírus é sua capacidade de permanecer estável nos hospedeiros quando não sofre pressão seletiva para mudar mas com a ressalva de alterar este aspecto sempre que necessário : novos vírus serão gerados em outros ambientes com nova fisiologia e novos sistemas imunes para enfrentar.Quando ele está se disseminando facilmente em um animal sua atitude é de seguir em frente.Isso está acontecendo agora no planeta.Nada até o momento tem mudado o seu comportamento.

O COVD tem se mostrado um brilhante transmissor.Estudos realizados em pacientes chineses mostram evidências que pessoas infectadas têm significantes índices de possibilidade de transmissão antes mesmo do desenvolvimento de sintomas—possivelmente devido à sua habilidade de se ligar e fundir às células,ele usaria uma espécie de capa invisível.Recentes estudos estimam que casos não documentados ou pessoas infectadas com sintomas leves teriam a metade do potencial de contagiosidade dos casos mais graves.Um outro estudo mostrou que em casos mais severos – que necessitaram de hospitalização -os pacientes tinham vírus detectáveis até 37 dias após o inicio dos sintomas.
Fora do hospedeiro o vírus está inerte,nem bem vivo ou morto,uma espécie de purgatório viral.100 milhões de partículas virais podem estar presente na ponta de um alfinete.Não temos a idéia da quantidade suficiente para infectar o ser humano.Recentemente aprendemos que ele pode sobreviver no cobre por 4 horas,em cartolina por 24 horas e no plástico ou aço inox por até 3 dias.Também pode se manter por 3 horas flutuando no ar em micro gotículas.Mas uma boa notícia : a maioria das partículas virais perde sua virulência em 10 minutos.

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