terça-feira, 31 de março de 2020

Covid 19 e idosos : entenda a relação



Os dados mais recentes que estimam o risco de pessoas idosas apresentarem doença mais grave ou óbito pelo Covid acabam de ser publicados na revista Lancet Infectious Diseases: o vírus tem uma taxa de letalidade de cerca de 13.4% em pessoas com mais de 80 anos,comparada com 1.25% para a idade de 50 anos e 0.3% para indivíduos ao redor dos 40 anos.
O ponto divisório seria os 70 anos.Apesar de uma taxa de mortalidade de 4% aos 60 anos o dobro é visto ( 8.6%) aos 70s.

A ciência vem buscando respostas para essa categorização.
Isto começa com as chamadas condições pré existentes : dados da China demonstram que as comorbidades aumentam dramaticamente o risco de morte.Mas as doenças crônicas não são só contribuintes mas também uma marca da idade biológica e declínio da imunidade.

Não é só a idade cronológica que determina como será o desfecho da infecção.Ter múltiplas patologias crônicas e fragilidades (de todos os aspectos) são fatores muito importantes.Uma pessoa de 80 anos de vida saudável pode ser mais resistente do que outra de 60 repleta de doenças crônicas.Uma questão fundamentada no status imunológico.

O estudo afirma que o índice de fatalidade com o Covid — incluindo os pacientes que não desenvolvem sintomas — é de 0.66%. Comparando : mais de 30 vezes o índice de mortalidade do Influenza H1N1 na pandemia de 2009

A possibilidade de pacientes com Covid-19 que desenvolvem sintomas importantes e que requerem hospitalização,especialmente para suporte ventilatório, também se eleva com a idade.Em pacientes acima de 80 anos a taxa foi de 18.4% .Aos 60 anos, 12%..pacientes na década dos 30 anos , 3.4% de risco e cerca de 1.1% para pessoas com idade próxima aos 20 anos.Novamente o pnto divisório ficou entre os 40 anos e 50 anos( 4.3% no primeiro e 8.2% no segundo caso).

Esses dados nos ajudam a compreender o porque da situação desastrosa da Itália.A média de idade do país é de 47 anos ( a mais alta da Europa) e 23% da população tem mais de 65 anos.A taxa de mortalidade geral pelo Covid é de 7.2%.Cerca de 38% dos casos têm sido encontrados em pessoas com 70 anos ou mais (comparados com 12% na China).

A imunossenescência , uma queda do sistema imune,é a explicação geral para os riscos nos idosos.A imunologia tem identificados alguns modos específicos que modificam a resposta de defesa com o passar da idade.Geralmente,essas pessoas não reagem bem contra microorganismos que já entraram em contato.Podemos chamar de crepúsculo da imunidade.
Nós nos defendemos contra vírus e outros patógenos de dois modos : um primeiro “exército de defesa,chamado leucócitos,ataca os organismos invasores dentro de minutos a horas e um segundo mecanismo,anticorpos e células T,surge depois

Com o avanço da idade,o nosso organismo diminui a produção de células T,que preparam a resposta boa contra os vírus.E isso não acontece nos idosos somente.Uma glândula chamada timo,na puberdade,produz 10 vezes menos linfócitos T do que nas crianças menores.Na idade de 40 a 50 anos,outra queda de 10 vezes menos.
Essa depleção de células T acaba por deixar,gradativamente , o nosso corpo carente de defesas específicas e inadequadamente preparado para uma defesa inédita , ou seja,contra um organismo que não tenhamos ainda entrado em contato.Por exemplo,o Covid 19.

Outra interessante situação acontece também com o avanço da idade.Uma espécie de afastamento das células T do campo de batalha.Outras células reconhecem os invasores e disparam armas para destruir tanto quanto possível um vírus,por exemplo.
O produto final pode ser a liberação de proteínas inflamatórias (citocinas) em excesso que causam uma intensa reação tecidual prejudicial ao funcionamento do órgão atingido.Isso explica as alterações significativas vistas na pneumonia grave que podem acontecer na infecção pelos coronavírus
Interessante que as citocinas têm uma variação de acordo com o sexo.

Um recente estudo mostrou que homens idosos tem maior propensão de produzirem citocinas do que mulheres da mesma idade.Vemos esse efeito na diferença de mortalidade entre os sexos.Mais idosos do sexo masculino estão sendo vitimados pelo Covid 19.

Infelizmente existe a possibilidade de que se o vírus continuar a circular,pacientes idosos que já tiveram a infecção podem não adquirir imunidade contar uma nova exposição.

domingo, 29 de março de 2020

lições da história em tempos de Covid


Um dos confortos ao estudar história,neste tempo de Covid, é poder encontrar momentos no passado onde a situação foi muito pior.

A peste negra de 1347 dizimou praticamente metade da população européia no espaço de 4 anos.
O escritor Giovanni Boccaccio foi quem trouxe a dura realidade daqueles tempo e estimou que 100.000 pessoas morreram só na cidade de Florença,capital da Toscana na Itália, em 4 meses (entre Março e Julho de 1348).

Boccaccio, naquela época,era um oficial de impostos e viu de perto a morte escorrer pelas ruas da cidade.
A cada manhã,corpos eram depositados nas ruas para depois serem recolhidos por veículos municipais e levados às igrejas mais próximas a fim de serem abençoados e enterrados fora da cidade.Na medida em que os indices de mortalidade aumentavam, as práticas tradicionais de velamento dos corpos foram abandonadas pois ultrapassavam a capacidade do serviço publico de atender a demanda.Profundas trincheiras foram cavadas para que os cadaveres fossem empilhados em camadas.
Boccaccio escreve : “ não foi concedido mais respeito aos mortos do que hoje seria dedicado às cabras mortas"

Como o COVID-19,a doença se propagou rapidamente,mas diferentemente da atual ela infectou a todos,jovens e idosos,ricos e pobres.Os efeitos no organismo eram devastadores e humilhantes :tumores que cresciam pela pele,feridas gangrenosas nas mãos e pés,a pele se tornava escura,as vitimas podiam ter tosse sanguinolenta,Boccacio se referia ao terrível odor pútrido da respiração das vitimas: “o acumulo de corpos exalava o pior dos ares nos lembrando a cada momento da presença da morte".
Não houve dignidade na morte durante a Peste Negra.

Não foi surpreendente que um tipo de distanciamento social se tornou a norma na época.
Todos corriam em pânico.Os vizinhos se evitavam.Os pais recusavam que enfermeiras assistissem seus filhos doentes pois elas eram estranhas ao ambiente familiar.Alguns se trancaram em casa com poucos amigos e estocaram comida e vinho.O entretenimento entre eles era a música e se recusavam a ouvir qualquer noticia sobre as mortes.Outros ,sem meios de escapar,passaram a saquear as casas dos mortos,desatentos ao risco de infecção.

Não é certo , ainda,o destino do Covid.Como será o seu comportamento após o controle da pendemia.A peste negra permaneceu por muito tempo na Europa de forma endêmica e voltou a ter picos de epidemia por 17 vezes até a ultima onda que ocorreu em 1664.
Com o tempo uma espécie primária de redes de informação , os relatos de viajantes,traziam noticias de cidades acometidas pela infecção.

As questões daquele tempo também são as nossas hoje : como a peste chegou à Bolonha ?Quantos foram infectados ?Qual a taxa real de mortalidade?
As autoridades públicas tomaram medidas drásticas para isolarem os doentes.
Em Veneza os médicos foram proibidos de sair da cidade.
Os profissionais de saúde usaram uma vestimenta rudimentar mas muito semelhante ao nosso arsenal de proteção moderno.

Diferentemente de hoje as máscaras em forma de um longo bico eram pulverizadas com perfume para atenuar o cheiro da morte.



Como chegamos até aqui : parte 4



Como chegamos até aqui 4

Tudo o que um vírus precisa é uma cadeia sem fim de hospedeiros.

O contágio é a ferramenta do seu destino.

O Covid-19 é discretamente mais transmissível que o resfriado comum e menos do que o sarampo,por exemplo.Uma pessoa contaminada passaria a 2-3 outras (no caso do sarampo,até 19 ).

Porém é possível que existam “super-transmissores”,ou seja,aqueles que irão levar o vírus a diversos contactantes.

Já existe um entendimento que a resposta imune ao vírus seja desproporcional.De acordo com os cientistas, o vírus pode desenvolver um ponto de apoio no sistema respiratório e basicamente estimular a defesa imunológica através de uma replicação desenfreada.
Quando o organismo finalmente reconhece a sua presença, desencadeia uma intensa reação inflamatória ineficaz pois ainda não tem anticorpos que reconheçam o agente invasor..O tecido pulmonar incha e é preenchido por líquidos da inflamação.Está instalada uma insuficiência respiratória que os médicos , bravamente , tentam reverter.Semelhante a uma doença auto imune.

Uma provável explicação porque idosos podem ter um pior desfecho com a infecção reside numa provável imunossenescência : uma perda da capacidade de responder adequadamente a um novo vírus mais acentuada nessa faixa etária.Uma hiper reatividade então causaria uma doença mais severa.Esta é a base para o desenvolvimento urgente de uma droga antiviral eficaz.Combater o vírus antes do desenvolvimento do processo inflamatório.

Drogas como o Remdesivir,que já foi usada com sucesso no Ebola, e o NHC são promissoras.Ambas,em modelos animais,foram capazes de bloquear a replicação desenfreada viral em outros coronavírus.
Os coronavirus provavelmente precisam de ajuda de enzimas por serem um dos maiores(em tamanho) entre os vírus RNA.Eles necessitam de um mecanismo de ajuda para manter sua estrutura genômica.Esta característica , para nós, é um ponto de fragilidade do vírus a ser explorada.Ter um grande genoma é produzir mais genes e proteínas que possibilitam mais oportunidades para descobrirmos mais tratamentos específicos contra eles.Por exemplo,como citado anteriormente,uma droga que inibisse a enzima furina,importante para a entrada do vírus nas células.

O Covid-19, enquanto uma novidade para nós hospedeiros,vai continuar a ser responsável pela disseminação e eventualmente óbitos.
Mas com o tempo, um vírus que se integra ao seu natural habitat tende a causar doença menos grave.Isso é bom para o hospedeiro e o vírus.Cepas muito agressivas irão destruir seu hospedeiro e num cenário absurdo e apocalíptico dizimar exatamente o que sustenta a sua espécie.Isso geraria um tempo precioso para que uma estabilidade ocorresse com uma devida resposta imune,a descoberta de antivirais e uma vacina.A velocidade de transmissão desaceleraria trazendo alivio aos hospitais e médicos.

O vírus é , de certa forma , o nosso professor : ele passou milhares de anos se preparando para chegar onde chegou.Nós estamos tentando aprender a sua lição.

Como chegamos até aqui : Covid parte 3



Como chegamos até aqui 3

O COVID 19 é 10 vezes mais eficiente para se ligar aos receptores pulmonares ACE-2 do que os seus antecessores.
A ligação é mais coesa o que pode significar que o processo inicial de infecção seja mais potente.O vírus também tem uma exclusiva habilidade : usar enzimas humanas,uma em especial chamada furina,que atuaria “quebrando” as espículas e facilitando a penetração tecidual do seu RNA.Essa capacitação pode colaborar para a transmissibilidade em alto nível.

 Quando infecta uma pessoa ele rapidamente se replica no trato respiratório superior e inferior.Essa é uma característica dos vírus RNA.Mutações também são geradas que poderiam “jogar contra” a própria viabilidade viral.Mas diferente de outros vírus RNA,os coronavírus tem uma capacidade de checar erros enquanto se replica através de uma enzima.

Uma outra característica da família coronavírus é sua capacidade de permanecer estável nos hospedeiros quando não sofre pressão seletiva para mudar mas com a ressalva de alterar este aspecto sempre que necessário : novos vírus serão gerados em outros ambientes com nova fisiologia e novos sistemas imunes para enfrentar.Quando ele está se disseminando facilmente em um animal sua atitude é de seguir em frente.Isso está acontecendo agora no planeta.Nada até o momento tem mudado o seu comportamento.

O COVD tem se mostrado um brilhante transmissor.Estudos realizados em pacientes chineses mostram evidências que pessoas infectadas têm significantes índices de possibilidade de transmissão antes mesmo do desenvolvimento de sintomas—possivelmente devido à sua habilidade de se ligar e fundir às células,ele usaria uma espécie de capa invisível.Recentes estudos estimam que casos não documentados ou pessoas infectadas com sintomas leves teriam a metade do potencial de contagiosidade dos casos mais graves.Um outro estudo mostrou que em casos mais severos – que necessitaram de hospitalização -os pacientes tinham vírus detectáveis até 37 dias após o inicio dos sintomas.
Fora do hospedeiro o vírus está inerte,nem bem vivo ou morto,uma espécie de purgatório viral.100 milhões de partículas virais podem estar presente na ponta de um alfinete.Não temos a idéia da quantidade suficiente para infectar o ser humano.Recentemente aprendemos que ele pode sobreviver no cobre por 4 horas,em cartolina por 24 horas e no plástico ou aço inox por até 3 dias.Também pode se manter por 3 horas flutuando no ar em micro gotículas.Mas uma boa notícia : a maioria das partículas virais perde sua virulência em 10 minutos.

Como chegamos até aqui : crônicas sobre o Covid 19 parte 2




Como chegamos até aqui 2

O novo coronavírus é um assassino esquivo.
Como nós nunca tivemos contato com ele muito do que está acontecendo é totalmente novo para nós.Em todos os aspectos.Mas , nas ultimas semanas a genética,modelos epidemiológicos,pesquisas baseadas nas infecções anteriores (SARS e MERS) têm ajudado os pesquisadores a juntarem peças de um grande quebra-cabeça que podem auxiliar no eventual tratamento e erradicação através de medidas de distanciamento social,antivirais e,provavelmente,uma vacina.

Estudos (não revisados) são publicados diariamente.Mais de mil sequenciamentos genéticos do COVID,de diferentes locais no mundo,têm sido compartilhados.

Existe um numero incontável de vírus entre nós.

Os vírus compostos por DNA são capazes de causarem doenças sistêmicas endêmicas e que podem ser latentes e persistentes—como o herpes simples e zoster,a hepatite B e o HPV.Os vírus DNA vivem conosco e dentro de nós.Um particularidade : os retrovírus (HIV) tem o RNA no seu genoma mas se comporta como um vírus DNA no homem.

Os vírus RNA têm uma estrutura bem mais simples e mutam rapidamente,isso é uma grande vantagem : se tornam mais “promíscuos”,habitam mais hospedeiros,se propagam com mais facilidade e têm uma melhor chance de sobreviver.Tendem a causar epidemias—como o sarampo,Ebola, Zika e centenas de infecções respiratórias(influenza e coronaviroses).
O pior : são aqueles que nos surpreendem e causam mais danos.

Os cientistas descobriram a família de coronavírus na década de 50 analisando um surto de bronquite infecciosa em galinhas.Seu código genético é envolto em 3 diferentes tipos de proteínas,uma das quais “decora” a superfície viral como espículas.Outros animais,como o gado suíno e bovino, também foram afetados na década de 60.Logo em seguida,4 diferentes tipos de coronavírus foram identificados como causadores do resfriado comum em humanos (cerca de até 30% dos vírus responsáveis pelo resfriado são coronavírus).Para estes tipos de vírus  nós ,humanos,somos o reservatório.

O coronavírus -SARS é bastante relacionado ao COVID 19.Se os coronavírus que causam o resfriado comum infectam apenas o trato respiratório superior (nariz e garganta),os outros podem atingir o pulmão com risco letal.O COVID se comporta como um mutante hibrido de todos os outros coronavírus que vieram antes : tem a gravidade do SARS e MERS e transmissibilidade do resfriado comum.

Uma razão para o COVID ser tão versátil e obter sucesso na sua empreitada é seu particular talento para se ligar às células pulmonares.Os coronavírus usam as espículas presentes na sua superfície,através de um processo sequencial, para entrar em células humanas.O alvo são receptores chamados de ACE-2 que se encontram em várias partes do nosso organismo(incluindo além do pulmão os rins e intestino).A preferência do Covid pelo pulmão é por ser o órgão mais facilmente acessível uma vez que o vírus tem transmissão respiratória.O caminho é mais curto até o receptor.


Como chegamos até aqui : crônicas sobre o Covid 19 parte 1




Coronavírus : como chegamos até aqui 1

Por milhares de anos o Coronavírus esteve infectando morcegos no sul da China.
Um dia,um predecessor do Covid 19,teve a oportunidade de expandir seu reinado entre morcegos.Talvez o pangolim,um animal raro de vida selvagem,comercializado quase sempre de modo clandestino em mercados em países do sudeste asiático,tenha sido seu hospedeiro onde foi possível que o vírus passasse por um processo de mutação de modo dramatico.

O ancestral do Covid pode ter utilizado um segmento de um coronavírus (já presente) diferente no novo hospedeiro,o que possibilitou que ele se tornasse uma versão aprimorada de si próprio,muito mais patogênico.Recentemente este vírus saltou para uma nova espécie : a humana.Apenas um primeiro ser humano foi infectado e uma pandemia ocorreu.

Os cientistas descobriram que o coronavírus são originários de morcegos seguindo,como detetives,a epidemia de SARS em 2003.Um animal,na época , conhecido como civeta (uma espécie de gato selvagem) foi considerado o hospedeiro intermediário.Na época,a província chinesa de Guangdong,comercializava este animal como uma preciosa iguaria.Quando testados no mercado público apresentavam anticorpos contra o vírus.Mas em outros locais ,não urbanos,os testes eram negativos indicando que animais de outras espécies poderiam trocar vírus entre si por causa da intensa proximidade com que viviam em gaiolas onde excrementos eram compartilhados.

Pesquisadores,após isso, viajaram pelo país coletando centenas de amostras de morcegos.Após meses de investigação eles descobriram 4 espécies de coronavírus semelhantes ao que causava o SARS,um dos quais tinha uma correlação genética similar de 90%.
Anos de pesquisa entre morcegos demonstram que outros coronavírus circulam entre estes animais em outros continentes.Estes vírus estão convivendo próximos de nós há muitos anos.Na medida que sua diversidade se expande,cepas diferentes co-infectam morcegos que se tornam verdadeiros laboratórios de mutação.Esse processo acontece sem que os morcegam adoeçam.Uma estratégia precisa para a sua missão de expansão.

Em Janeiro de 2020 os chineses sequenciaram um coronavírus encontrado em morcegos e descobriram que este compartilhava 96% do seu genoma com o Covid 19.Análises moleculares comprovam que os dois vírus tem um comum um predecessor que data de 30 a 50 anos atrás.Isso sugere uma mutação ocorreu em colônias de morcegos e depois num hospedeiro intermediário
Análises do Covid 19 indicam definitivamente um “ spillover” (que significa um salto de um animal para uma pessoa) o que coloca como mais que provável que o vírus já estivesse circulando entre pessoas antes de Dezembro de 2019

quinta-feira, 5 de março de 2020

antes



Há muitas décadas atrás e hoje :

1. precisamos indicar vacinas para as pessoas
2. precisamos ressaltar a importância de lavar as mãos
3. precisamos dizer que a Terra é redonda

raciocinio moral










Não podemos confiar em nossos sentimentos
Podem ser irracionais
Podem ser nada mais do que produtos do prejuízo,egoísmo ou condicionamento cultural

Se quisermos descobrir a verdade,devemos deixar os nossos sentimentos serem tanto quanto possível guiados pela razão
Essa é a essência da moralidade
A coisa moralmente certa a se fazer é sempre a coisa melhor fundamentada por argumentos

Julgamentos morais são diferentes de expressões de gosto pessoal
Nem toda razão apresentada é uma boa razão
Há bons e maus argumentos,sendo que muito da habilidade de raciocinar moralmente consiste em discernir a diferença entre eles

Moralidade é , pelo menos , o esforço de guiar a própria conduta por razões