O colesterol é um lipídio produzido pelo fígado e tem diversas funções no organismo. Por ser insolúvel em água, o colesterol é ligado a proteínas para ser transportado no sangue, formando lipoproteínas que se dividem em dois grandes grupos: lipoproteínas de baixa e alta densidade.
As lipoproteínas de baixa densidade (do inglês Low Density Lipoproteins – LDL e Very Low Density Lipoproteins – VLDL) são fundamentais para a produção de hormônios sexuais. No entanto, são popularmente conhecidas como “colesterol ruim”, pois em níveis elevados estão associadas a complicações cardiovasculares como aumento da pressão arterial, insuficiência cardíaca e infarto. Por outro lado, as lipoproteínas de alta densidade (High Density Lipoproteins – HDL) são conhecidas como “colesterol bom”, pois auxiliam na captação e transporte do colesterol em excesso no sangue ao fígado, onde é eliminado pela bile.
As estatinas são uma classe de medicamentos que induzem a redução dos níveis de LDL no sangue. Sinvastatina, atorvastatina, rosuvastatina e fluvastatina são alguns dos representantes dessa classe, indicados, principalmente, para o tratamento de hipercolesterolemia (excesso de colesterol no sangue).Algumas diferenças são relevantes na seleção da estatina a ser prescrita pelo médico. Além delas, o custo e as interações com outros fármacos também devem ser considerados na escolha.
As estatinas reduzem os níveis de colesterol, a ocorrência de eventos cardiovasculares e a necessidade de procedimentos cirúrgicos de revascularização.
Porém o seu uso tem sido motivo de discussões devido aos riscos de efeitos adversos, além dos questionamentos sobre os reais benefícios do tratamento de indivíduos com baixo risco de doença cardiovascular. Preocupações com manifestações acentuadas de dor e fraqueza muscular foram debatidas em publicações científicas e destacadas pela mídia
Em outubro de 2013, dois artigos, publicados no British Medical Journal2 tiveram ampla repercussão na imprensa do Reino Unido e foram compreendidos como críticas às estatinas. Seus autores sugeriram que os benefícios à saúde não superavam os riscos de efeitos adversos em pacientes com risco cardiovascular baixo ou intermediário.
Diante desse cenário de controvérsias, vale ressaltar que nenhum tratamento deve ser interrompido sem uma análise minuciosa da situação clínica do paciente e orientação médica. Em todos os casos, a mudança no estilo de vida assume especial importância. Adotar uma alimentação saudável, praticar atividades físicas rotineiramente e evitar o uso de cigarro e de bebidas alcoólicas são hábitos que podem retardar a necessidade de utilizar esses medicamentos ou contribuir significativamente para o sucesso do tratamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário