segunda-feira, 20 de novembro de 2017

a impossibilidade da felicidade pelo desejo


O ser humano é um contínuo insatisfeito que pula de desejo em desejo.Nenhuma satisfação de desejo pode oferecer um contentamento durável e imutável.Estar subordinado ao desejo é viver uma vida de oscilação : do sofrimento ao tédio
Schopenhauer observa que quando nossos desejos estão satisfeitos,mesmo com moderação,nos tornamos indiferentes.A calma da satisfação nos aprofunda na angustia de um cotidiano em branco e preto.A felicidade , para o filósofo , é um fim inacessível e só pode ser experimentada,de modo incompleto , apenas numa atividade criadora.Com a experiência paramos de procurar a felicidade e o prazer e nos preocupamos em escapar , tanto quanto for possível , à dor e ao sofrimento

Vários pensadores modernos definem a felicidade como um instante de alívio entre dois momentos de tristeza.Uma satisfação repentina sob a forma de um fenômeno episódico.
A sociedade do desempenho mantém-se em conformidade com nosso ego : que o mundo se dobre aos nossos desejos.Daí seu carater ilusório , frágil
Quem vive alheio a esta sociedade entende que a sabedoria nos conduz à capacidade de abandonar essa necessidade do desejo para nos fazer desejar o que é : a vida como ela realmente funciona.

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