domingo, 24 de março de 2024

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Os avanços tecnológicos vêm em um ritmo inconcebível no sentido de filtrarmos seus benefícios ou não.

Nunca estivemos tão deprimidos , ansiosos , cansados com a quantidade de informações que nos chegam.É necessário não só pensar o momento digital mas impor limites. O que precisa ser regulado , onde atuamos a partir desse ponto.

Subitamente a imagem se tornou muito mais importante na sociedade do desempenho . A informação é imagem ( e também movimento) em tempo real. A vida sendo narrada a todo momento. A dimensão e importância dos atos são secundários.Não há mais espaço para o original.

Nas redes sociais fala-se para o vazio.Quem estará ouvindo ? Como saber , e daí a frustação da espera ,se o "like" significou algum sinal de compreensão ?

Como se estabelece uma relação fraternal pelo meio digital ? É possível realmente entender a alteridade ?. Os algoritmos não permitem a real descoberta do outro .Isso só se dá pelo contato,pelo olhar que se vê,pela expressão emocional.Os algoritmos conseguem descobrir o par perfeito exatamente porque juntam apenas qualidades, na maioria das vezes, ficcionais.

Há muito se estabeleceu uma cadeia sócio-técnica que não tem começo nem fim. Ligam humanos a humanos e não humanos.A vida foi sendo colocada dentro do smartphone de modo que tudo passou a acontecer no digital.Perdemos a espontaniedade.Somos cada vez mais parecidos nas atitudes.Perdemos as nossas escolhas.Hoje elas são sugestões baseadas em tudo o que expressamos quando escancaramos a vida para o digital.

Não somos clientes na internet. Somos usuários E esse termo só usado para indicar dependência   

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